A
Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) vive um momento crítico com os
atuais atentados contra homens e mulheres da corporação, além da acentuação dos
índices de violência no estado como um todo. Dentre os variados aspectos que
podem convencer um policial a abandonar a carreira, certamente a incidência
desses ataques aos agentes da lei é um dos mais eloquentes argumentos para a
debandada.
Segundo a Folha de São Paulo, o ano de 2012 vem sendo
recordista em pedidos de demissões de policiais militares paulistas:
Quase uma década de sua vida foi dedicada à
Polícia Militar. Acordava cedo, vestia sua farda, botava a arma no coldre,
fazia uma oração ao lado da mulher e ia para o batalhão na Grande São Paulo.
Neste ano, estava trabalhando em Guarulhos,
cidade onde dois PMs foram assassinados na mais recente onda de violência. Em
todo o Estado, ao menos 92 policiais foram mortos em 2012.
Foi exatamente por conta desses ataques que
Gabriel, nome fictício, decidiu deixar a corporação. Disse que se cansou de ser
alvo de ladrões.
“Você põe a ‘cara’ na mira do bandido e é
chamado de violento. É hostilizado por quem você quer defender e o salário é
uma piada”, disse.
E Gabriel, que agora é supervisor de uma
empresa de segurança, não está sozinho. Dos últimos 12 anos, 2012 já é o
recordista em número de PMs que pediram demissão. Foram 440 até outubro.
Nem no ano dos ataques da facção criminosa
PCC, em 2006, houve tantos pedidos de exoneração. De janeiro a outubro daquele
ano, 411 PMs saíram por vontade própria.
E o pior não é o índice de saída, mas o de permanência
incomodada de quem não tem condições de se sustentar fora da corporação…
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